segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A "tentação".


Surge-nos, normalmente, por parte daqueles que nos estão próximos e que nos querem, a "seu serviço".

E pedem-nos para sermos/fazermos isto ou aquilo, de forma a podermos corresponder às "suas expectativas" pessoais. Assim, poderemos ser aceites no "grupo".

Isto leva-nos a "ceder" aos «nossos princípios e convicções internas» e despoja-nos de qualquer grau de confiança em nós mesmos. Coloca-nos à mercê da "consideração dos outros".

Isto obriga, da nossa parte, a aderir à consciência do grupo a que queremos pertencer. Mesmo que não seja a nossa.

O preço a pagar, pode ser o desviar do nosso «eu» interior, para um lugar onde "ele", não «incomode».

Ao ceder a estas "tentações", estamos também a dar resposta, sob pressão, a algo que consideramos como "nosso".

Não o é.

Porém, já o tomámos.

Já o temos como adquirido.

É necessário.

Dói; mas como é por "amor", ou "convicção profunda", o que para o "embrulho" dá no mesmo, "segue".


Fazemo-lo para agradar aos pais.

Ao companheiro/a.

Aos amigos.

A um trabalho.

A um grupo social ...

E achamos que está certo mas, ... algo «cá dentro» anda a «moer»...


Sabemos que não é nada disso... e como nada é eterno, que não seja «Verdade», chega a um ponto, «rebenta». E quanto mais "reprimido" tiver sido, maior é o "estrago".


A questão, então, é:

  • Como mantermo-nos «livres», interiormente, e permanecer no nosso rumo, de acordo com a nossa «Verdade Interior»?

Compreender que o que nos está a ser pedido, o que normalmente implica uma mudança de atitude ou comportamento (quase sempre, a "forma", raramente, o «conteúdo». Porquê? Porque se se compreendesse, o «conteúdo», não se pedia, "mudança". E o que nos está a ser pedido é que "(nos) entreguemos", a «nossa forma o eu», e "aceitemos ser controlados" por quem pede/alicia e não «nos reconhece»), só favorece a quem me pede que mude, de acordo com a necessidade que o "outro" tem que «eu» pertença, mas só se for de acordo com a "forma" que o "outro", reconhece.

Não aderir a estes princípios, "forma", é automaticamente ser-se excluído e tornarmo-nos pessoas "non gratas" no grupo.

Em qualquer grupo.

A começar... pelas famílias.


Outra questão é:

  • Até onde se consegue "resistir", para não ceder, "a essas influências" que me desvirtuam de mim mesmo?...


Perseverar.


Tudo o que me liberta «Interiormente» de qualquer compromisso que me "corrompe" é mais um passo no caminho correcto a um encontro com uma «Verdade Universal» que me transcende.

A mim, a qualquer pessoa, enquanto indivíduo.

A que todos somos chamados, convidados, a fazer parte e a entrar.

Nesse «lugar» onde TUDO, faz sentido.

TUDO.


Outra grande questão, que geralmente é respondida de "forma" inconsciente, é:

  • Que estou eu disposto a mudar, de modo a romper com o que me fez aderir a uma "forma" de ser/estar que me desvirtua, interiormente?


Se responderam "tudo", é porque não conhecem o "adversário".

Como podem então, reconhecerem-se? ...

O "ego" respondeu.


Voltar ao «eu» interior, regressar ao «caminho» onde me «reconheço» e ao qual pertenço e faço parte, não é "tarefa" para "egos".


É tarefa, para uma «compreensão» preparada a promover a mudança «Interior» que me põe de acordo comigo, o meu caminho e o meu propósito mais abrangente, a uma «Verdade Universal» a que todos, sem exclusão, pertencemos.




Att.


Luís Viegas Moreira





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