O que é, o SUCESSO?
O que é que me permite afirmar.
- Ali vai um homem/mulher de Sucesso.
- Sou uma pessoa com Sucesso.
- Tenho, ou tive, Sucesso na vida.
- A minha/aquela vida, é um Sucesso.
- Obtive Sucesso nisto... ou, naquilo...
- Já fiz muitas coisas na vida.
Pelo mesmo parâmetro, também afirmo.
- Não tenho/tive, Sucesso.
- Sou uma nulidade.
- És uma nulidade. Um inútil.
- Para que é que serves? Para nada.
- Quando é que vais ser alguém na vida?
- Ter, Sucesso em alguma coisa?
Na prática, passamos de pessoas de Sucesso a pessoas de "não sucesso" num ápice. Daí aquela expressão: "De bestial a besta".
Não só num desporto, medido pelos resultados efectivos, mas em todas as coisas da nossa vida.
A Lista, é infindável.
- Casei com um homem/mulher, rico/a.
- É Dr. ou Eng. e é da família... tem "nome"... descende "de"...
- Sou o mais belo/a.
- Os meus filhos estudam na escola/faculdade... lá fora... São os mais...
- Tenho uma casa com piscina que me custou, ... num sítio "xpto".
- Tenho um carro último modelo e topo de gama de uma marca...
- Fui viajar em 1ª classe para... todos os sítios maravilhosos do mundo (é só escolher).
- Tenho um cargo de chefia... liderança... administração na empresa...
- Sou "dono" da minha empresa e facturo X milhões/ano.
- Sou o "melhor" do mundo...
- etc... etc...
Cada um sabe de si.
Do que diz e do que ouve/ouviu dizer.
Por oposição, temos toda a negação ao acima descrito.
E passamos da exuberância do que temos ou alcançámos, ao desespero e depressão com maior ou menor rapidez, conforme o "caso", circunstância ou pessoa do momento.
Então procuramos acumular "momentos" de sucesso, na nossa vida há falta de melhor que garanta, "uma boa vida".
Mas, e o que sacrificamos por/em cada um desses momentos?
O que tive de fazer para alcançar algo que seja de facto, um sucesso?
- Quanto sofri para estudar e "ser alguém", na vida?
- Quanto de mim investi?
- Que sacrifícios fiz ou por mim fizeram?
- Se já estou "lá em cima", o que tive de fazer para manter-me?
- E a custo de quê e/ou de quem?
- A quem tive de "atropelar" para chegar "lá"?
- Que favores fiz, ou pedi que me fizessem?
- Quanto me comprometi?
- Quem comprometi?
As primeiras exigências vêm dos pais.
Há que garantir a subsistência.
A sobrevivência.
A descendência da família.
O bom nome...
No meio, no princípio ou no fim, afinal, quem sou eu?
Porque, de facto faço, o que faço?
O que me motiva, impele, quase que secretamente por vezes, a fazer o que faço?
O que me vincula a isso?
Porque não descanso enquanto não o fizer?
Para quê/quem o faço?
De certeza, por mim?
De certeza?
O que aconteceria se deixasse de o fazer?
Que "mundo" cairia?
O meu?
Que mundo criei, crio ou estou a criar. É para mim?
O que "secretamente" estou a honrar ou a ser leal?
A quem e para quê?
Faço o que sou. Ou sou o que faço?
E faço e sou, sucesso?
A sério?
Vejam isto.
Não é, coincidência, quando se pergunta a alguem. - o que fazes?
A resposta ser. - Sou Médico. Eng. Advogado. Sapateiro. Professor. etc...
No entanto, qual foi a pergunta?
A verdade, é que só depois de "cairmos" é que começamos de facto a falar sobre o que fazemos. Até aí, continuamos a dar a mesma resposta, qual cassete...
Ora experimentem com os vossos amigos.
Ser/ter Sucesso, é tão mais uma questão de vitória em vitória momentânea até ao reconhecimento da vitória final, onde realizados, gozamos o resultado desse reconhecimento até, ao esquecimento.
Durante quanto tempo é que de facto conseguimos suster a "respiração", do "momento" do sucesso?
Até ao próximo acontecimento.
Contudo, o sucesso tal qual como o conhecemos, é maior quantas pessoas englobar.
Se um país se torna campeão do mundo num desporto muito popular, goza desse facto, goza de facto e mesmo desse facto, até quando?
Até ao momento em que surge a primeira preocupação, real, decorrido desse facto.
Como continuar a ser campeões?
Mesmo que durante um breve momento, no tempo, tenhamos realizado algo, verdadeiramente importante, o sabor desse sucesso, é momentâneo.
De repente, lembro um filme, "o Candidato" com o Robert Redford, em que ele de advogado de causas sociais decide seguir os passos do pai, na política, e candidatar-se a Senador. Jovem, com carisma, casamento arruinado mas que "serve" o "propósito", consegue vencer e ganhar as eleições. E naquele momento, em que todos os colaboradores e apoiantes celebram a vitória, ele refugia-se da multidão com o seu conselheiro de campanha e pergunta-lhe: "e agora?". O outro, olha-o, espantado, surpreso com aquela pergunta, reflecte e considera todo o quê do que haviam vivido e trabalhado que era, "chegar ali. Vencer. Sem resposta cabal, vai para dar-lhe uma daquelas respostas, "rápidas", quando a porta abre-se e irrompe a multidão para festejar com eles. O conselheiro só consegue, encolher os ombros...
Vejam o sucesso dos grandes descobridores, inventores, políticos, filósofos, guerreiros, atletas, todas as façanhas do Homem, como terminaram? Que lhes sucedeu?
O que nos motiva a ir mais longe, rápido, alto que os outros e passar por tantas e tantas coisas. O que de facto justifica, "tudo isso"?
O Sucesso?
De quê?
Para quem?
O verdadeiro sucesso, está em sentir-mo-nos em cada momento realizados, não por orgulho, soberba, com aquela paz de espírito de um desejo ou necessidade concretizada. - "eu consegui o que queria". "Mostrei(-lhe) como era, quem sou."
Mas sim, a de uma Paz de Espírito, como a de uma criança que ao deitar-se, sente-se feliz por "saber" que o pai e a mãe, a amam. E que só por isso, o mundo, é um lugar seguro.
E saber que o Pai e a Mãe a ama, irrestritamente, sem pôr "a cabeça a pensar"... e a querer dar "a volta" com justificações, como: "porque sim. pois é claro. eu também"; e por ai afora,... há quanto tempo é que "isso" não acontece?
Alguns há que nunca o sentiram.
Quantas vezes, para sentir verdadeira Paz de Espírito, não tivemos de abdicar de algo, ou alguém?
O que estávamos a fazer, para termos de o fazer?
Que vínculo eu estava, verdadeiramente, a "celebrar"?
Se somos, mesmo, em Verdade, Felizes com a vida que temos e levamos, então somos pessoas de Sucesso em Paz de Espírito.
Se algo, por um breve momento, nesse sucesso, nos incomoda ou perturba, então o sucesso decorre de um estado de entusiasmo momentâneo por algo realizado que por muito bom e importante que seja, e aí, não há paz de Espírito, o sucesso, tem os seus dias contados.
Um exemplo?
Uma festa de casamento.
Uma boda com tudo e todos.
Do bom e do melhor.
Até há primeira preocupação. Discussão.
A discussão já surge para manter o estado "de sucesso", activo.
O Verdadeiro Sucesso, não pergunta à Paz de Espírito como o Ser.
E vice-versa.
O Verdadeiro Sucesso É Paz de Espírito.
Luís mvm
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