domingo, 21 de fevereiro de 2010

SUCESSO - em PAZ de ESPÍRITO


O que é, o SUCESSO?

O que é que me permite afirmar.
  • Ali vai um homem/mulher de Sucesso.
  • Sou uma pessoa com Sucesso.
  • Tenho, ou tive, Sucesso na vida.
  • A minha/aquela vida, é um Sucesso.
  • Obtive Sucesso nisto... ou, naquilo...
  • Já fiz muitas coisas na vida.

Pelo mesmo parâmetro, também afirmo.
  • Não tenho/tive, Sucesso.
  • Sou uma nulidade.
  • És uma nulidade. Um inútil.
  • Para que é que serves? Para nada.
  • Quando é que vais ser alguém na vida?
  • Ter, Sucesso em alguma coisa?

Na prática, passamos de pessoas de Sucesso a pessoas de "não sucesso" num ápice. Daí aquela expressão: "De bestial a besta".

Não só num desporto, medido pelos resultados efectivos, mas em todas as coisas da nossa vida.

A Lista, é infindável.

  • Casei com um homem/mulher, rico/a.
  • É Dr. ou Eng. e é da família... tem "nome"... descende "de"...
  • Sou o mais belo/a.
  • Os meus filhos estudam na escola/faculdade... lá fora... São os mais...
  • Tenho uma casa com piscina que me custou, ... num sítio "xpto".
  • Tenho um carro último modelo e topo de gama de uma marca...
  • Fui viajar em 1ª classe para... todos os sítios maravilhosos do mundo (é só escolher).
  • Tenho um cargo de chefia... liderança... administração na empresa...
  • Sou "dono" da minha empresa e facturo X milhões/ano.
  • Sou o "melhor" do mundo...
  • etc... etc...


Cada um sabe de si.
Do que diz e do que ouve/ouviu dizer.



Por oposição, temos toda a negação ao acima descrito.

E passamos da exuberância do que temos ou alcançámos, ao desespero e depressão com maior ou menor rapidez, conforme o "caso", circunstância ou pessoa do momento.

Então procuramos acumular "momentos" de sucesso, na nossa vida há falta de melhor que garanta, "uma boa vida".


Mas, e o que sacrificamos por/em cada um desses momentos?

O que tive de fazer para alcançar algo que seja de facto, um sucesso?

  • Quanto sofri para estudar e "ser alguém", na vida?
  • Quanto de mim investi?
  • Que sacrifícios fiz ou por mim fizeram?
  • Se já estou "lá em cima", o que tive de fazer para manter-me?
  • E a custo de quê e/ou de quem?
  • A quem tive de "atropelar" para chegar "lá"?
  • Que favores fiz, ou pedi que me fizessem?
  • Quanto me comprometi?
  • Quem comprometi?


As primeiras exigências vêm dos pais.

Há que garantir a subsistência.

A sobrevivência.

A descendência da família.

O bom nome...



No meio, no princípio ou no fim, afinal, quem sou eu?

Porque, de facto faço, o que faço?

O que me motiva, impele, quase que secretamente por vezes, a fazer o que faço?

O que me vincula a isso?

Porque não descanso enquanto não o fizer?

Para quê/quem o faço?

De certeza, por mim?

De certeza?

O que aconteceria se deixasse de o fazer?

Que "mundo" cairia?

O meu?

Que mundo criei, crio ou estou a criar. É para mim?

O que "secretamente" estou a honrar ou a ser leal?

A quem e para quê?

Faço o que sou. Ou sou o que faço?

E faço e sou, sucesso?

A sério?



Vejam isto.


Não é, coincidência, quando se pergunta a alguem. - o que fazes?

A resposta ser. - Sou Médico. Eng. Advogado. Sapateiro. Professor. etc...


No entanto, qual foi a pergunta?

A verdade, é que só depois de "cairmos" é que começamos de facto a falar sobre o que fazemos. Até aí, continuamos a dar a mesma resposta, qual cassete...

Ora experimentem com os vossos amigos.




Ser/ter Sucesso, é tão mais uma questão de vitória em vitória momentânea até ao reconhecimento da vitória final, onde realizados, gozamos o resultado desse reconhecimento até, ao esquecimento.



Durante quanto tempo é que de facto conseguimos suster a "respiração", do "momento" do sucesso?

Até ao próximo acontecimento.


Contudo, o sucesso tal qual como o conhecemos, é maior quantas pessoas englobar.


Se um país se torna campeão do mundo num desporto muito popular, goza desse facto, goza de facto e mesmo desse facto, até quando?

Até ao momento em que surge a primeira preocupação, real, decorrido desse facto.

Como continuar a ser campeões?

Mesmo que durante um breve momento, no tempo, tenhamos realizado algo, verdadeiramente importante, o sabor desse sucesso, é momentâneo.


De repente, lembro um filme, "o Candidato" com o Robert Redford, em que ele de advogado de causas sociais decide seguir os passos do pai, na política, e candidatar-se a Senador. Jovem, com carisma, casamento arruinado mas que "serve" o "propósito", consegue vencer e ganhar as eleições. E naquele momento, em que todos os colaboradores e apoiantes celebram a vitória, ele refugia-se da multidão com o seu conselheiro de campanha e pergunta-lhe: "e agora?". O outro, olha-o, espantado, surpreso com aquela pergunta, reflecte e considera todo o quê do que haviam vivido e trabalhado que era, "chegar ali. Vencer. Sem resposta cabal, vai para dar-lhe uma daquelas respostas, "rápidas", quando a porta abre-se e irrompe a multidão para festejar com eles. O conselheiro só consegue, encolher os ombros...



Vejam o sucesso dos grandes descobridores, inventores, políticos, filósofos, guerreiros, atletas, todas as façanhas do Homem, como terminaram? Que lhes sucedeu?



O que nos motiva a ir mais longe, rápido, alto que os outros e passar por tantas e tantas coisas. O que de facto justifica, "tudo isso"?



O Sucesso?

De quê?


Para quem?




O verdadeiro sucesso, está em sentir-mo-nos em cada momento realizados, não por orgulho, soberba, com aquela paz de espírito de um desejo ou necessidade concretizada. - "eu consegui o que queria". "Mostrei(-lhe) como era, quem sou."

Mas sim, a de uma Paz de Espírito, como a de uma criança que ao deitar-se, sente-se feliz por "saber" que o pai e a mãe, a amam. E que só por isso, o mundo, é um lugar seguro.

E saber que o Pai e a Mãe a ama, irrestritamente, sem pôr "a cabeça a pensar"... e a querer dar "a volta" com justificações, como: "porque sim. pois é claro. eu também"; e por ai afora,... há quanto tempo é que "isso" não acontece?

Alguns há que nunca o sentiram.



Quantas vezes, para sentir verdadeira Paz de Espírito, não tivemos de abdicar de algo, ou alguém?

O que estávamos a fazer, para termos de o fazer?

Que vínculo eu estava, verdadeiramente, a "celebrar"?


Se somos, mesmo, em Verdade, Felizes com a vida que temos e levamos, então somos pessoas de Sucesso em Paz de Espírito.


Se algo, por um breve momento, nesse sucesso, nos incomoda ou perturba, então o sucesso decorre de um estado de entusiasmo momentâneo por algo realizado que por muito bom e importante que seja, e aí, não há paz de Espírito, o sucesso, tem os seus dias contados.



Um exemplo?

Uma festa de casamento.

Uma boda com tudo e todos.

Do bom e do melhor.

Até há primeira preocupação. Discussão.

A discussão já surge para manter o estado "de sucesso", activo.



O Verdadeiro Sucesso, não pergunta à Paz de Espírito como o Ser.

E vice-versa.



O Verdadeiro Sucesso É Paz de Espírito.








Luís mvm



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A "tentação".


Surge-nos, normalmente, por parte daqueles que nos estão próximos e que nos querem, a "seu serviço".

E pedem-nos para sermos/fazermos isto ou aquilo, de forma a podermos corresponder às "suas expectativas" pessoais. Assim, poderemos ser aceites no "grupo".

Isto leva-nos a "ceder" aos «nossos princípios e convicções internas» e despoja-nos de qualquer grau de confiança em nós mesmos. Coloca-nos à mercê da "consideração dos outros".

Isto obriga, da nossa parte, a aderir à consciência do grupo a que queremos pertencer. Mesmo que não seja a nossa.

O preço a pagar, pode ser o desviar do nosso «eu» interior, para um lugar onde "ele", não «incomode».

Ao ceder a estas "tentações", estamos também a dar resposta, sob pressão, a algo que consideramos como "nosso".

Não o é.

Porém, já o tomámos.

Já o temos como adquirido.

É necessário.

Dói; mas como é por "amor", ou "convicção profunda", o que para o "embrulho" dá no mesmo, "segue".


Fazemo-lo para agradar aos pais.

Ao companheiro/a.

Aos amigos.

A um trabalho.

A um grupo social ...

E achamos que está certo mas, ... algo «cá dentro» anda a «moer»...


Sabemos que não é nada disso... e como nada é eterno, que não seja «Verdade», chega a um ponto, «rebenta». E quanto mais "reprimido" tiver sido, maior é o "estrago".


A questão, então, é:

  • Como mantermo-nos «livres», interiormente, e permanecer no nosso rumo, de acordo com a nossa «Verdade Interior»?

Compreender que o que nos está a ser pedido, o que normalmente implica uma mudança de atitude ou comportamento (quase sempre, a "forma", raramente, o «conteúdo». Porquê? Porque se se compreendesse, o «conteúdo», não se pedia, "mudança". E o que nos está a ser pedido é que "(nos) entreguemos", a «nossa forma o eu», e "aceitemos ser controlados" por quem pede/alicia e não «nos reconhece»), só favorece a quem me pede que mude, de acordo com a necessidade que o "outro" tem que «eu» pertença, mas só se for de acordo com a "forma" que o "outro", reconhece.

Não aderir a estes princípios, "forma", é automaticamente ser-se excluído e tornarmo-nos pessoas "non gratas" no grupo.

Em qualquer grupo.

A começar... pelas famílias.


Outra questão é:

  • Até onde se consegue "resistir", para não ceder, "a essas influências" que me desvirtuam de mim mesmo?...


Perseverar.


Tudo o que me liberta «Interiormente» de qualquer compromisso que me "corrompe" é mais um passo no caminho correcto a um encontro com uma «Verdade Universal» que me transcende.

A mim, a qualquer pessoa, enquanto indivíduo.

A que todos somos chamados, convidados, a fazer parte e a entrar.

Nesse «lugar» onde TUDO, faz sentido.

TUDO.


Outra grande questão, que geralmente é respondida de "forma" inconsciente, é:

  • Que estou eu disposto a mudar, de modo a romper com o que me fez aderir a uma "forma" de ser/estar que me desvirtua, interiormente?


Se responderam "tudo", é porque não conhecem o "adversário".

Como podem então, reconhecerem-se? ...

O "ego" respondeu.


Voltar ao «eu» interior, regressar ao «caminho» onde me «reconheço» e ao qual pertenço e faço parte, não é "tarefa" para "egos".


É tarefa, para uma «compreensão» preparada a promover a mudança «Interior» que me põe de acordo comigo, o meu caminho e o meu propósito mais abrangente, a uma «Verdade Universal» a que todos, sem exclusão, pertencemos.




Att.


Luís Viegas Moreira