sábado, 26 de junho de 2010

Conhecimento. Engodo.


Não há nada que se saiba hoje que já não tenha sido dito ou feito, no passado.
Há escritos milenares que relatam e afirmam verdades, que hoje, ainda batem em alguns cabeçudos que não querem "escutar". As pessoas só gostam das verdades se lhes forem transmitidas por, "sedução". Ninguém gosta de ouvir uma verdade. Excepto se esta lhe for transmitida com "engenho e arte" pelo "artista" (por isso é, ... artista), nem se apercebem do que estão, a "comer". E assim, é, com tudo na vida.
As pessoas GOSTAM de ser enganadas. E o 1º nível de engano, o mais básico, é, a vaidade.

Porquê? Perguntais vós.
Simples; porque o nível básico da nossa existência é, a "sobrevivência".

É giro ver o que se descobre se formos ver o significado da palavra a um diccionário etimológico de Português.

O engano é, um engodo.
A vaidade,a ilusão de uma preferência à vida.

Quando nos sentimos "preferidos/seduzidos" é como se as nossas células se "Animassem" e ficassem "despertas". Parece que ganhamos ânimo.

Sabem porquê? Mais uma vez, ...
Simples! Porque sentimos o apelo da vida, a atracção que resulta de uma ilusão de que a "vida" nos escolheu, para não estarmos na condição básica. A sobrevivência. Se a tudo isto, juntarmos a ilusão de que "animação, curtes, dinheiro, viagens, etc" é que é ter vida, ou, pior, saber, viver... claro. Depois, é quando o amor faz falta, para a "malta" sentir-se animada, de forma a que tudo faça, ou tenha, um sentido, ainda maior. Porque se for só para isso, ... já sabe a pouco.

Quando, as pessoas, começarem a compreender que em nada disto, é ou está, Amor, dão o 1º passo, em direcção à vida.

Não desanimem.

O Amor está bem mais próximo, do que aquilo que "pensais".

Mas é importante deixar de o confundir com o amor, em cuja "maionese" se navega.

Simples.

Né?



Att.


domingo, 21 de fevereiro de 2010

SUCESSO - em PAZ de ESPÍRITO


O que é, o SUCESSO?

O que é que me permite afirmar.
  • Ali vai um homem/mulher de Sucesso.
  • Sou uma pessoa com Sucesso.
  • Tenho, ou tive, Sucesso na vida.
  • A minha/aquela vida, é um Sucesso.
  • Obtive Sucesso nisto... ou, naquilo...
  • Já fiz muitas coisas na vida.

Pelo mesmo parâmetro, também afirmo.
  • Não tenho/tive, Sucesso.
  • Sou uma nulidade.
  • És uma nulidade. Um inútil.
  • Para que é que serves? Para nada.
  • Quando é que vais ser alguém na vida?
  • Ter, Sucesso em alguma coisa?

Na prática, passamos de pessoas de Sucesso a pessoas de "não sucesso" num ápice. Daí aquela expressão: "De bestial a besta".

Não só num desporto, medido pelos resultados efectivos, mas em todas as coisas da nossa vida.

A Lista, é infindável.

  • Casei com um homem/mulher, rico/a.
  • É Dr. ou Eng. e é da família... tem "nome"... descende "de"...
  • Sou o mais belo/a.
  • Os meus filhos estudam na escola/faculdade... lá fora... São os mais...
  • Tenho uma casa com piscina que me custou, ... num sítio "xpto".
  • Tenho um carro último modelo e topo de gama de uma marca...
  • Fui viajar em 1ª classe para... todos os sítios maravilhosos do mundo (é só escolher).
  • Tenho um cargo de chefia... liderança... administração na empresa...
  • Sou "dono" da minha empresa e facturo X milhões/ano.
  • Sou o "melhor" do mundo...
  • etc... etc...


Cada um sabe de si.
Do que diz e do que ouve/ouviu dizer.



Por oposição, temos toda a negação ao acima descrito.

E passamos da exuberância do que temos ou alcançámos, ao desespero e depressão com maior ou menor rapidez, conforme o "caso", circunstância ou pessoa do momento.

Então procuramos acumular "momentos" de sucesso, na nossa vida há falta de melhor que garanta, "uma boa vida".


Mas, e o que sacrificamos por/em cada um desses momentos?

O que tive de fazer para alcançar algo que seja de facto, um sucesso?

  • Quanto sofri para estudar e "ser alguém", na vida?
  • Quanto de mim investi?
  • Que sacrifícios fiz ou por mim fizeram?
  • Se já estou "lá em cima", o que tive de fazer para manter-me?
  • E a custo de quê e/ou de quem?
  • A quem tive de "atropelar" para chegar "lá"?
  • Que favores fiz, ou pedi que me fizessem?
  • Quanto me comprometi?
  • Quem comprometi?


As primeiras exigências vêm dos pais.

Há que garantir a subsistência.

A sobrevivência.

A descendência da família.

O bom nome...



No meio, no princípio ou no fim, afinal, quem sou eu?

Porque, de facto faço, o que faço?

O que me motiva, impele, quase que secretamente por vezes, a fazer o que faço?

O que me vincula a isso?

Porque não descanso enquanto não o fizer?

Para quê/quem o faço?

De certeza, por mim?

De certeza?

O que aconteceria se deixasse de o fazer?

Que "mundo" cairia?

O meu?

Que mundo criei, crio ou estou a criar. É para mim?

O que "secretamente" estou a honrar ou a ser leal?

A quem e para quê?

Faço o que sou. Ou sou o que faço?

E faço e sou, sucesso?

A sério?



Vejam isto.


Não é, coincidência, quando se pergunta a alguem. - o que fazes?

A resposta ser. - Sou Médico. Eng. Advogado. Sapateiro. Professor. etc...


No entanto, qual foi a pergunta?

A verdade, é que só depois de "cairmos" é que começamos de facto a falar sobre o que fazemos. Até aí, continuamos a dar a mesma resposta, qual cassete...

Ora experimentem com os vossos amigos.




Ser/ter Sucesso, é tão mais uma questão de vitória em vitória momentânea até ao reconhecimento da vitória final, onde realizados, gozamos o resultado desse reconhecimento até, ao esquecimento.



Durante quanto tempo é que de facto conseguimos suster a "respiração", do "momento" do sucesso?

Até ao próximo acontecimento.


Contudo, o sucesso tal qual como o conhecemos, é maior quantas pessoas englobar.


Se um país se torna campeão do mundo num desporto muito popular, goza desse facto, goza de facto e mesmo desse facto, até quando?

Até ao momento em que surge a primeira preocupação, real, decorrido desse facto.

Como continuar a ser campeões?

Mesmo que durante um breve momento, no tempo, tenhamos realizado algo, verdadeiramente importante, o sabor desse sucesso, é momentâneo.


De repente, lembro um filme, "o Candidato" com o Robert Redford, em que ele de advogado de causas sociais decide seguir os passos do pai, na política, e candidatar-se a Senador. Jovem, com carisma, casamento arruinado mas que "serve" o "propósito", consegue vencer e ganhar as eleições. E naquele momento, em que todos os colaboradores e apoiantes celebram a vitória, ele refugia-se da multidão com o seu conselheiro de campanha e pergunta-lhe: "e agora?". O outro, olha-o, espantado, surpreso com aquela pergunta, reflecte e considera todo o quê do que haviam vivido e trabalhado que era, "chegar ali. Vencer. Sem resposta cabal, vai para dar-lhe uma daquelas respostas, "rápidas", quando a porta abre-se e irrompe a multidão para festejar com eles. O conselheiro só consegue, encolher os ombros...



Vejam o sucesso dos grandes descobridores, inventores, políticos, filósofos, guerreiros, atletas, todas as façanhas do Homem, como terminaram? Que lhes sucedeu?



O que nos motiva a ir mais longe, rápido, alto que os outros e passar por tantas e tantas coisas. O que de facto justifica, "tudo isso"?



O Sucesso?

De quê?


Para quem?




O verdadeiro sucesso, está em sentir-mo-nos em cada momento realizados, não por orgulho, soberba, com aquela paz de espírito de um desejo ou necessidade concretizada. - "eu consegui o que queria". "Mostrei(-lhe) como era, quem sou."

Mas sim, a de uma Paz de Espírito, como a de uma criança que ao deitar-se, sente-se feliz por "saber" que o pai e a mãe, a amam. E que só por isso, o mundo, é um lugar seguro.

E saber que o Pai e a Mãe a ama, irrestritamente, sem pôr "a cabeça a pensar"... e a querer dar "a volta" com justificações, como: "porque sim. pois é claro. eu também"; e por ai afora,... há quanto tempo é que "isso" não acontece?

Alguns há que nunca o sentiram.



Quantas vezes, para sentir verdadeira Paz de Espírito, não tivemos de abdicar de algo, ou alguém?

O que estávamos a fazer, para termos de o fazer?

Que vínculo eu estava, verdadeiramente, a "celebrar"?


Se somos, mesmo, em Verdade, Felizes com a vida que temos e levamos, então somos pessoas de Sucesso em Paz de Espírito.


Se algo, por um breve momento, nesse sucesso, nos incomoda ou perturba, então o sucesso decorre de um estado de entusiasmo momentâneo por algo realizado que por muito bom e importante que seja, e aí, não há paz de Espírito, o sucesso, tem os seus dias contados.



Um exemplo?

Uma festa de casamento.

Uma boda com tudo e todos.

Do bom e do melhor.

Até há primeira preocupação. Discussão.

A discussão já surge para manter o estado "de sucesso", activo.



O Verdadeiro Sucesso, não pergunta à Paz de Espírito como o Ser.

E vice-versa.



O Verdadeiro Sucesso É Paz de Espírito.








Luís mvm



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A "tentação".


Surge-nos, normalmente, por parte daqueles que nos estão próximos e que nos querem, a "seu serviço".

E pedem-nos para sermos/fazermos isto ou aquilo, de forma a podermos corresponder às "suas expectativas" pessoais. Assim, poderemos ser aceites no "grupo".

Isto leva-nos a "ceder" aos «nossos princípios e convicções internas» e despoja-nos de qualquer grau de confiança em nós mesmos. Coloca-nos à mercê da "consideração dos outros".

Isto obriga, da nossa parte, a aderir à consciência do grupo a que queremos pertencer. Mesmo que não seja a nossa.

O preço a pagar, pode ser o desviar do nosso «eu» interior, para um lugar onde "ele", não «incomode».

Ao ceder a estas "tentações", estamos também a dar resposta, sob pressão, a algo que consideramos como "nosso".

Não o é.

Porém, já o tomámos.

Já o temos como adquirido.

É necessário.

Dói; mas como é por "amor", ou "convicção profunda", o que para o "embrulho" dá no mesmo, "segue".


Fazemo-lo para agradar aos pais.

Ao companheiro/a.

Aos amigos.

A um trabalho.

A um grupo social ...

E achamos que está certo mas, ... algo «cá dentro» anda a «moer»...


Sabemos que não é nada disso... e como nada é eterno, que não seja «Verdade», chega a um ponto, «rebenta». E quanto mais "reprimido" tiver sido, maior é o "estrago".


A questão, então, é:

  • Como mantermo-nos «livres», interiormente, e permanecer no nosso rumo, de acordo com a nossa «Verdade Interior»?

Compreender que o que nos está a ser pedido, o que normalmente implica uma mudança de atitude ou comportamento (quase sempre, a "forma", raramente, o «conteúdo». Porquê? Porque se se compreendesse, o «conteúdo», não se pedia, "mudança". E o que nos está a ser pedido é que "(nos) entreguemos", a «nossa forma o eu», e "aceitemos ser controlados" por quem pede/alicia e não «nos reconhece»), só favorece a quem me pede que mude, de acordo com a necessidade que o "outro" tem que «eu» pertença, mas só se for de acordo com a "forma" que o "outro", reconhece.

Não aderir a estes princípios, "forma", é automaticamente ser-se excluído e tornarmo-nos pessoas "non gratas" no grupo.

Em qualquer grupo.

A começar... pelas famílias.


Outra questão é:

  • Até onde se consegue "resistir", para não ceder, "a essas influências" que me desvirtuam de mim mesmo?...


Perseverar.


Tudo o que me liberta «Interiormente» de qualquer compromisso que me "corrompe" é mais um passo no caminho correcto a um encontro com uma «Verdade Universal» que me transcende.

A mim, a qualquer pessoa, enquanto indivíduo.

A que todos somos chamados, convidados, a fazer parte e a entrar.

Nesse «lugar» onde TUDO, faz sentido.

TUDO.


Outra grande questão, que geralmente é respondida de "forma" inconsciente, é:

  • Que estou eu disposto a mudar, de modo a romper com o que me fez aderir a uma "forma" de ser/estar que me desvirtua, interiormente?


Se responderam "tudo", é porque não conhecem o "adversário".

Como podem então, reconhecerem-se? ...

O "ego" respondeu.


Voltar ao «eu» interior, regressar ao «caminho» onde me «reconheço» e ao qual pertenço e faço parte, não é "tarefa" para "egos".


É tarefa, para uma «compreensão» preparada a promover a mudança «Interior» que me põe de acordo comigo, o meu caminho e o meu propósito mais abrangente, a uma «Verdade Universal» a que todos, sem exclusão, pertencemos.




Att.


Luís Viegas Moreira